sábado, 26 de fevereiro de 2011

Retratos Capitais

José Alencar é um extraordinário exemplo de coragem física, moral e política. Foto: Ayrton Vignola/AE
Alaíde Costa, cantora que faz 75 anos, empresta sofisticação aos clássicos brasileiros há cinco décadas. Foto: Olga Vlahou
À frente do projeto Buchanan's Forever, o pianista Amilton Godoy, do Zimbo Trio, capacita jovens talentos nas periferias. Foto: Olga Vlaho...
A atriz Beth Goulart imprimiu caráter autoral à seleção, interpretação e direção teatral dos textos de Clarice Lispector.

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, perseguido por quem pretende dar lições de liberdade ao mundo. Foto: Luke Macgregor/Reuters/Latinst...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Las puertas

...Un cerrarse de puertas,
a derecha e izquierda;
un cerrarse de puertas silenciosas,
siempre a destiempo,
siempre un poco antes
o un momento demasiado tarde;
hasta que solo queda abierta una,
la única puntual,
la única oscura,
la única sin paisaje y sin mirada.

***

versos de Josefina Plá, grande poetisa paraguaia
Conheça sua biografia aqui

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A família do Big Brother

Ninguém, neste ambiente, leva em consideração os sentimentos dos outros e a desculpa é: “isto aqui é um jogo”.
Na sua décima primeira edição, estamos vendo, mesmo que nos esforcemos para não assistir, o Big Brother, o grande irmão (tradução mais aproximada do inglês), já que nos comerciais e intervalos da programação somos permeados de cenas “instigantes”, sobre a casa mais vigiada do Brasil.

Não gostaria de tecer comentários moralizantes a respeito do programa, mas de fazer algumas observações. No entanto, o que se observa é, primeiro que a cada ano as relações, nesta casa e, por conseguinte, na visão de um grupo significativo da sociedade, a mídia televisiva, apresenta como mero fruto do acaso e do jogo dissimulado para ganhar dinheiro, seja dos participantes seja da própria emissora.


Ninguém, neste ambiente, leva em consideração os sentimentos dos outros e a desculpa é: “isto aqui é um jogo”. De fato! Mas no jogo da vida, que é regido, inclusive, por leis nas constituições das nações, condena-se as tramóias contra seu semelhante, até mesmo com penas, às vezes severas, como forma de demonstrar que nas relações sociais, para haver uma boa convivência, existem outros valores.


Neste aspecto, ainda é de escandalizar o fato das relações “de pele”, onde Freud certamente afirmaria que tudo ali seria regido pelo Id (instintos) e não como fruto de atitudes de seres racionais.

Um segundo ponto a ser analisado é a reação popular que, de certo incômodo na primeira edição - pela degradação dos costumes a cada ano, e neste específico, ficou anestesiada; não questiona, não cobra da própria emissora uma postura ética para quem exerce o grau de maior audiência, enfim, bebe do programa e paga caro para vê-lo dissimular as relações familiares e as consciências, sobretudo, do mais vulneráveis psicologicamente, os nossos adolescentes e jovens, que são jogados pelo imaginário, numa falsa realidade que basta apostar com a própria vida e dos outros, para obter sucesso e dinheiro. Você já se deu conta o quê a brincadeira dos selinhos e outros beijos, entre pessoas das mais variadas orientações sexuais, significa na vida de um adolescente?

Fico profundamente incomodado por não poder fazer muita coisa e mais ainda por ver que aquelas pessoas e/ou instituições que poderiam fazer, não o fazem. Por exemplo o judiciário, que, manifestando-se não estaria agindo contra a liberdade de expressão, ao contrário, estaria ajudando a verdadeira liberdade para o bem comum, os políticos – que fazem as leis, as igrejas que não se manifestam para não serem tachadas de conservadoras, de modo particular, a sociedade civil que abobalhada engole tudo, como se de fato a vida fosse “assim mesmo”, que o jogo em questão, simplesmente representa o nosso cotidiano. Finalmente, e de modo coerente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, em nota, pede atenção especial das autoridades e das pessoas que trabalham na mídia sobre a forma como a própria pessoa humana é tratada nestes reality shows.

Pense! Se você assiste a este programa, ao menos, procure criticamente observar se a sua vida suportaria ser conduzida nas mesmas condições que vivem estas pessoas. Que contribuição você está oferecendo, para que tais atitudes pejorativas se disseminem na sua casa e pela sua audiência, na sociedade em geral.
*por Pe. Crispim Guimarães

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ana de Hollanda...

Conheça o perfil de nossa ministra da Cultura
...Ana de Hollanda

Nascida em uma família de intelectuais e artistas, Anna de Hollanda, 62 anos, é cantora, compositora e gestora cultural. É a sexta dos sete filhos do casal Sérgio Buarque de Hollanda – um dos mais importantes historiadores brasileiros – e da pianista Maria Amélia Alvim.

Desde jovem envolveu-se em política, tendo pertencido aos quadros do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e participado como militante em diversas campanhas eleitorais. Ana de Hollanda também se dedicou à carreira de gestora pública, sempre na área cultural.

De 1983 a 1985, chefiou o setor musical do Centro Cultural de São Paulo. Entre os anos de 1986 a 1988, foi secretária de Cultura do município de Osasco, na gestão Humberto Parro (PMDB). De 2003 a 2007, dirigiu o Centro de Música da Fundação Nacional de Artes, do Ministério da Cultura (Funarte/MinC). Nos últimos três anos, foi vice-presidente do Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro.

Ministério da Cultura
O Ministério da Cultura (MinC) foi criado em 15 de março de 1985, por desdobramento do Ministério da Educação e Cultura (MEC), com a missão constitucional de ampliar o acesso da sociedade brasileira à produção e à fruição cultural.

Ao longo dos 25 anos de sua existência, teve a sua estrutura funcional remodelada por quatro vezes, e contou com a gestão de 13 ministros, todos eles nomes de destaque no cenário político-cultural do país, como, por alguns exemplos, o economista Celso Furtado (1986-1988), o filósofo e diplomata Sérgio Paulo Rouanet (1991-1992) e o cantor, músico e compositor Gilberto Gil (2003-2008).

A cantora e compositora Ana de Hollanda, indicada pela presidenta Dilma Rousseff para coordenar o ministério, será a primeira mulher a integrar a galeria dos mais altos dirigentes da Cultura do Brasil.
Fonte: Portal MinC

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

ArteGrátis

A melhor e mais delirante "droga" que existe é a música e o Amor.

"O ser humano busca drogas e alucinogénos para ''tentar'' se encontrar e modificar sua realidade, mas se as pessoas fossem um pouco mais perceptivas e menos reativas, perceberiam que a maior "droga" que nos deixa aceso e altera nosso estado de fato é o amor; e nada encanta e provoca nossos sentidos como a arte e a música".


ATENÇÃO Pauseiros! A Casa de Cultura da UEMS em Dourados está com inscrições abertas e gratuitas para cursos de música até o dia 4 de março.
Vagas:
*para acadêmicos, funcionários da Universidade e alunos regularmente matriculados em escolas públicas de Dourados: Aulas de violão e técnica vocal .

*para a comunidade em geral: violino, violoncelo e viola clássica, além de aulas de flauta doce e canto para crianças com idades entre 08 e 12 anos.

E os grupos vocais Arte e Cidadania UEMS – para pessoas acima de 60 anos – e Instrumenta Vocalia, também estão aceitando novos integrantes.

Inscrições e Informações
Casa da Cultura
Rua: Monte Alegre, 1810.
(67) 3902-2636, (das 8 horas às 11h30 e das 13 às 20 horas).
Fonte: Portal UEMS

8º Festival América do Sul

 Na manhã do último dia 8, duas comissões julgaram os méritos dos 45 inscritos para participarem do 8º Festival América do Sul, que será realizado em Corumbá de 27 de abril à 1º de maio deste ano, realizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio de sua Fundação de Cultura (FCMS).

A comissão formada pelo jornalista Thiago Andrade (Correio do Estado) e pelos cantores Guarany (Tostão e Guarany) e Marina Dalla avaliaram 31 inscrições, destes, de acordo com a comissão, quem preencheu corretamente todos os quesitos do edital e o mérito para participarem do Festival foram: Agemaduomi, Daniel de Paula, Forró Zen, Gideão Dias, e Jennifer Magnética.

Já na área cênica, a comissão composta pela bailarina Julia Aissa (Corpomancia), pelo diretor e ator Marcos Alexandre de Melo (Grupo Identidade) e pelo coordenador do curso de Artes Cênicas da UEMS, Fernandes Ferreira de Souza, avaliou e Julgou 14 Inscritos, sendo que, os cinco que tiveram méritos segundo a comissão foram: Dançurbana e o Desafio do Touro Candil para dança e os grupos: Circo do Mato, Oficina de Interpretação Teatral (Ofit) e Mercado Cênico com as peças teatrais “Os Corcundas”, “A Serpente” e “Incontornáveis – um espetáculo de e horror”, respectivamente. Fonte: FCMS

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ele renunciou!!

O ditador Hosni Mubarak, 82, renunciou ao poder depois de comandar uma ditadura com mão de ferro durante 30 anos. O anúncio foi feito pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, na TV estatal. Em poucos minutos, centenas de milhares estavam em festa e aos gritos na praça Tahrir, epicentro das manifestações de oposição.

Após o anúncio, uma explosão de alegria tomou as ruas do Cairo. Centenas de milhares de egípcios agitaram bandeiras, choraram e se abraçaram em celebração. (Fonte: Folha.com)

Com certeza o que marca e emociona é união e a bravura do povo do Egito. 18 dias de protesto. Exemplo! 

"....de gestos xucros que veio de longe".

“Eu sou o homem desajeitado e de gestos xucros que veio de longe. Eu sou o homem fronteiriço que na infância atribulada recebeu nas faces sanguíneas os açoites desse vento, vadio e aragano. (...)

Eu vim dos ervais, meus irmãos, do fogo dos barbaquás, do canto triste e gemente dos urus, dos bailados divertidos, dos entreveros dos bolichos das estradas, do mais hirsuto da paulama seca, do pôr-do-sol campeiro, dos dutos, das encruzilhadas e das distâncias perdidas. Eu sou filho da jungle, sou gaudério de todos os pagos, apaixonado das querências e cria de todos os galpões da terra.

Eu vim de longe, eu sou um misto de poeira de estrada, de fogo de queimada, de aboio de vaqueiro, de passarada em sarabanda festiva no romper da madrugada, de lua andeja rendilhando os campos, as matas, as canhadas, o vargedo. Sou misto, também, de índio vago, cruza-campo e trota-mundo.

Os ventos do destino – maus e bons – levaram-me a pagos diferentes. Os meus pés dilacerados trilharam muitos caminhos. (...)

Eu vim, em verdade, dos charcos e da poeira revolvente dos tempos, mas com o confor to grandiloqüente de ter sido guiado por essa luz mirífica que é o farol divino que indica, neste tormentoso vale de lágrimas, aos bons e aos puros de espírito, o caminho certo da vida.

Procurei cantar com ternura e suavidade as belezas incomparáveis do sertão e, tanto quanto possível, procurei descrever com fidelidade as paisagens coloridas das estâncias.

Fui gemido de carreta manchega no estirão da serra íngreme e fui, também, envaidecido, tropel de tropilha crioula e índio aragano, trilhador de todos os caminhos.

Amei, imensamente, o vazio aberto. Nele, sempre vi, orgulhoso e confortado, a obra incomensurável do Senhor.”

Esse texto *intenso, me foi enviado com muito carinho pela Ana Paula (minha querida professora) e é parte do discurso de posse do escritor sul-matogrosse Hélio Serejo, na academia matogrossense de letras em 1973.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Massa falida?

6 de fevereiro de 2011. Dia de eleição em Dourados.

Você tem todo o direito de votar no candidato que você quiser; de cobrar, tem ainda mais direito, pois, o regime democrático surgiu para permitir que todas as pessoas pudessem opinar na política, por meio de candidatos escolhidos nas eleições, e que, em teoria, passam a agir a nosso favor. Essa  é a única maneira viável que nos permite manifestar nossos direitos políticos. E a partir daí, cabe a nós ao menos fiscalizar os atos dos nossos representantes políticos e certamente cobrar deles o compromisso feito antes da eleição.

Importante e fácil
Se ao invés de trabalhar pelo bem do povo, os políticos aproveitar de seus cargos pra se enriquecer, você quanto população, deve ficar atento e cobrar. E, por favor, não se acomode. Por mais que esse comodismo seja comum em países deficientes em "educação", como no Brasil. Parece que o povo brasileiro é incapaz sequer de entender quando está sendo prejudicado por uma medida do governo. Acompanhe a situação do Egito e entenderás.


E jamais se encaixe no perfil de "sem educação"; deixe ao menos fluir o caráter que você tem e que aprendeu com a tua família, isso ajuda enxergar novos horizontes e, conseqüentemente, exigir seus direitos; porque um político corrupto pode até ter educação no sentido de ensino superior, ou não ter nada, como o ex-prefeito de Dourados [Ari Artuzi], que não tinha nem educação nem caráter. Precisamos acreditar que essa Massa não está Falida

Creio SIM, que existem políticos do bem. Mas, como canta os grados  Duduca e Dalvam: “se aderirmos os jogos políticos seremos síndicos da Massa falida”! “Não aborte os seus ideais”!
Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé! Mas, não se esqueça de cobrar!


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Pausas para o "Dia da partida" no Egito

Histórico! No "Dia da Saída", oposição leva multidão às ruas do Cairo contra presidente. Aumenta a pressão internacional contra o regime que já dura 30 anos. (Fotos: G1)




 O Brasileiro podia adpatar esta cultura de união e lutar assim contra a CORRUPÇÃO!
                                                          

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Quando o Jazz é sagrado

Esta matéria do Estadao.com vale "control C control V" no meu Blog. Perfeita!
***
Aos 90 anos, desembarca em São Paulo, no Sesc Pompeia, no próximo dia 12, um gigante do jazz, o sax tenor e flautista Yusef Lateef, nascido William Emanuel Huddleston em 1920 em Chattanooga, Tennessee. Ele integrou os grupos de Dizzy Gillespie, Charles Mingus e o Cannonball Adderley Sextet. É a primeira vez de Lateef no Brasil.

Lateef. Músico e educador que ganhou o Grammy

A exemplo de Ornette Coleman (80 anos), Sonny Rollins (80 anos) e Dave Brubeck (90 anos), ele é um dos remanescentes de uma era de ouro do jazz. Poucas coisas são tão referenciais no gênero quanto o estilo macio de Lateef na música Theme from Spartacus. Qualquer coisa que se ouça dele entre 1940 e 1970 é imediatamente reconhecível - é a própria expressão do estilo no jazz. Mas ninguém espere que ele chegue ao Sesc Pompeia tocando Take the "A" Train. "Eu não toco mais standards", disse Lateef ao Estado, falando por telefone, de Nova York.

"Não toco mais standards porque a supremacia dos standards fez com que a evolução ficasse em segundo plano, a música se tornou muito típica", afirmou o artista, que fará seu show em São Paulo com Rob Mazurek (trompete), Jason Adasiewicz (vibrafone), William Parker (baixo), Thomas Rohrer (rabeca) e Maurício Takara (percussão).

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Som vem da sua energia física, mental e espiritual
Ouça faixas de Towards the Unknown

 Segundo Lateef, o que o mantém em atividade aos 90 anos é a curiosidade existencial. "O que eu procuro é mergulhar dentro daquilo que sou", disse. "O que me mantém ativo é a busca do significado do presente." Ele começou aos 18 anos - ou seja, já está há mais de 70 anos na ativa. "Da minha juventude, eu me lembro do prazer. Tocar com pessoas como Roy Eldridge e Dizzy Gillespie foi puro prazer. Uma sensação maravilhosa."

Muitos críticos dizem que Yusef Lateef foi o inventor da world music, ao lançar, em 1961, o disco Eastern Sounds, em que misturava jazz com sons do Oriente - mas ele dá uma gargalhada quando ouve isso. "A sensação de ir em direção à experimentação revelou-se, no final, muito eficiente", diz apenas.
Não se surpreende com a notícia de que o show de Ornette Coleman no Sesc tenha sido um dos mais bem avaliados de 2010. "Imagino que hoje algumas plateias conseguem apreciar a revolução. E talvez eles não apreciassem antes porque não entendiam. Se você entende a evolução, você passa a aceitá-la."

Lateef não aponta nenhum novo nome do jazz como destaque, em especial. "Bem, eu não desgosto de ninguém. Todos estão tentando produzir algo belo, com significado", diz. O jazzista viveu e lecionou na Nigéria durante quatro anos, como pesquisador sênior, para uma tese sobre a flauta africana. Na banda de Cannonball Adderley, ouviu muito a música brasileira - Adderley era fã.
"Acho que cada país tem algo de único a oferecer em termos de música e arte. Mesmo sem entender bem, eu tentei", conta. Está ansioso para fazer seu primeiro show no Brasil. "Acredito na paz, no amor, no respeito e na humanidade. E no amor de Deus. Tento fazer o bem e acredito no amor do Criador. Quero que as pessoas venham para ouvir, e que possam sentir a emoção da expressão musical."

COM QUEM ELE TOCOU
Charles Mingus
Cannonball Adderley
Miles Davis
Dizzy Gillespie
Milt Jackson
Tommy Flanagan
Barry Harris
Paul Chambers
Donald Byrd
Hank Jones
Thad Jones
Elvin Jones
Kenny Burrell
Lucky Thompson
Matthew Rucker
Lucky Millender
Fonte: estadao.com.br